domingo, 8 de abril de 2012

Ei-las, as mãos


Ei-las, as mãos,
despendidas em canção
com o apelo impulsivo do não!

Já não se estendem, já não consolam
não comovem, não abraçam.

Ei-las, sós, as mãos,
obtusas em retidão
esvairadas sem consolação.

São elas, as mãos,
sós, estupidamente sós.

São elas, só elas
que elevam em canção
jazem, findam, na absoluta solidão.