sábado, 14 de fevereiro de 2009

12/fev/09: 4 anos da morte de Ir. Dorothy Stang


"Houve um silêncio absoluto e então começou a chover sobre o corpo de Dorothy deitado na estrada, misturando seu sangue com o barro vermelho do chão da floresta".

Misturando seu sangue com o sangue da floresta, pela qual ela deu a vida. No dia que faz 4 anos que Ir. Dorothy foi elevada à categoria de mártir, paremos. façamos um minuto de silêncio pela pessoas que continuam lutando por ter esperança, fé e sonhos. Nesse minuto de silêncio também nos perguntemos: E eu? o que eu estou fazendo?

Façamos também um minuto de aplausos, muitos aplausos não somente para ela, mas também para todos os que deram seu sangue por essa terra, especialmente a um trabalhador que foi assassiando por 7 pistoleiros no ultimo dia 06 em Breu Branco. Por ele, por tantos, e tantos, e tantos outros mortos pela causa: A causa do Reino, a causa da Floresta, a causa das águas, a nossa causa. Nós, POVO AMAZÔNIDA. Rezemos o nosso salmo e gritemos bem alto: JUSTIÇA!!!!!! JUSTIÇA!!!!! JUSTIÇA!!!

DOROTHY VIVE!
SEMPRE! SEMPRE! SEMPRE!!!!!!!!

Salmo Amazônico

1. Bendito sejas, Senhor, Deus do nosso povo amazônico. Que te louvem, Te festejem e Te bendigam todas as pessoas!
Bendizemos-te, Deus e Pai nosso, porque Teu é tudo o que temos.
2. Tu, Senhor, nos destes esta terra fértil com seus rios e florestas, seus lagos e igarapés, e quiseste que pertencesse a todos... Bendito e louvado sejais para sempre!
1. Apesar do egoísmo e da ambição de muitos homens terem torcido teus planos e estragado a obra de tuas mãos, teu amor continua sempre fiel. lembra-te de teus filhos e continuas libertando-os... Bendito e louvado sejais para sempre!
2. Porque por amor e fidelidade ao sangue de teu filho Jesus, reservaste para Ti, nesta terra, um povo generoso, capaz de partilhar e ser irmão... Bendito e louvado sejais para sempre!
1. Bendito sejas Senhor, Deus de nosso povo amazônico. Que Te louvem, Te festejem e Te bendigam todas as pessoas!
Bendizemos-Te,Deus e Pai nosso, pela riqueza racial e cultural do nosso povo!
2. Raízes antigas e jovens ramos que constituem o homem e a mulher amazônicos. Louvem e bendigam o povo de nosso Deus.
1. Índios: primeiros habitantes deste solo e todos os habitantes da floresta, louvem e bendigam o povo de nosso Deus.
2. Negros e Europeus, nordestinos, sulistas e mineiros, japoneses, peruanos, colombianos, bolivianos. homens e mulheres, anciãos, jovens e crianças. Louvem e bendigam o povo de nosso Deus!
1. Bendito sejas, Senhor, Deus do nosso povo amazônico. Que Te louvem, Te festejem e Te bendigam todas as pessoas!
Bendizemos-Te, Deus e Pai nosso, por tua providência e imensa misericórdia!
2. Que as roças trabalhadas por homens e mulheres e regadas pelas águas do céu bendigam ao Senhor!
1. Lavradores e seringueiros, operários e pescadores, louvem o nosso Deus!
2. Juteiros, garimpeiros e castanheiros, bendigam ao Senhor!
1. Florestas e rios, campos e plantações, estradas e picadas, furos e corredeiras, louvem o nosso Deus!
2. Lagos e igapós, várzeas, terras firmes, trapiches e flutuantes, canoas e motores, bendigam ao Senhor!
1. Pirarucus e peixes-boi, traíras e piranhas, pacus e bodós, e todos os animais que vivem nas águas, louvem ao nosso Deus!
2. Onças e cobras, queixadas e antas, e todos os animais da floresta, bendigam ao Senhor!
1. Petróleo e gás, ferro e manganês, e todos os minerais do subsolo louvem o nosso Deus!
2. Nuvens e chuvas, ventos e soalheiras, enchentes e vazantes, bendigam ao Senhor!
1. Bendito sejas, Senhor, Deus de nosso povo amazônico. Que Te louvem, Te festejem e Te bendigam todas as pessoas!
Pedimos-Te perdão e Te damos graças, Senhor e Pai nosso, porque formas o coração e a alma dos povos.
2. Mesmo esmagados por obras de morte, ainda estamos dispostos a lutar pela vida. Demos graças a Deus!
1. Mesmo desprezados e humilhados, ainda assim, cheios de ânsia de justiça. Demos graças a Deus!
Bendito sejas, Senhor, Deus do nosso povo amazônico. Que Te louvem, Te festejem e Te bendigam todas as pessoas!

Fonte: http://www.pjdiocri.blogspot.com/

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes é crime

Nesta sexta-feira, dia 13, acontece o lançamento da Campanha Nacional de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes – carnaval 2009. O lançamento ocorrerá no Largo São Sebastião, em Manaus (AM).

A Campanha é uma iniciativa do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual, Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e Organização Internacional do Trabalho, com o apoio de diversas outras entidades, entre elas a Pastoral do Menor Nacional.

Com o slogan “Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes é crime. Denuncie! Procure o Conselho Tutelar de sua cidade ou disque 100”, a Campanha objetiva promover a denúncia e sensibilizar os foliões quanto ao respeito à população infanto-juvenil.

Informações: (61) 3274.6632 ou (61) 3340.8708.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A campanha eleitoral de 2010 está no ar

DEBATE ABERTO

Diante do atual silêncio da Globo em relação à pesquisa CNT/Sensus recomendo aos interessados em analisar a cobertura das eleições de 2010 pelo Jornal Nacional, que comecem a trabalhar desde agora. Material, pelo visto, é que não vai faltar.

Começou a campanha eleitoral para 2010 na TV. E a Globo, como sempre, saiu na frente. Na semana passada, o Jornal Nacional e o Jornal da Globo ignoraram solenemente a pesquisa CNT/Sensus onde Lula aparece com 84% de aprovação, um recorde histórico. Mas claro, isso não é notícia pelos critérios jornalísticos globais. Muito menos o fato da ministra Dilma Roussef ter alcançado, pela primeira vez, a casa dos dois dígitos na pesquisa de intenção de votos para a presidência. E será assim até as eleições. O que não é nenhuma novidade. Pode-se criticar a Globo por vários motivos, menos pela falta de coerência.

Desde a última ditadura, para não termos que voltar muito na história, ela sempre esteve do mesmo lado: elitista, entreguista, conservador. Apoio aos golpistas e ao regime militar, tentativa de fraudar a vitória de Leonel Brizola ao governo do Rio em 1982, boicote às diretas-já, criação da candidatura Collor, edição fraudulenta do debate entre ele e Lula em 1989, destituição de Collor e apoio a Fernando Henrique, Serra e Alckmin nas eleições seguintes.

Sobre os primeiros casos citados, muito já se escreveu mas, como eles mesmo dizem, vale a pena ver de novo. Pelo menos alguns deles.

Por exemplo, assisti - com estes olhos que a terra... - ao Jornal Nacional de 25 de janeiro de 1984, dia do comício das Diretas Já, com cerca de 300 mil pessoas na Praça da Sé, em São Paulo, noticiado como uma festa pelo aniversário da cidade. Isso foi dito na abertura da matéria lida pelo apresentador no estúdio (na "cabeça", segundo o jargão do telejornalismo). Texto nunca mostrado pelos atuais funcionários da empresa, encarregados da revisão histórica do período, nas inúteis tentativas de negar o fato.

Ouvi, com estes ouvidos que terão o mesmo destino dos olhos, uma longa entrevista (mais de 15 minutos) na rádio Globo, em 1988, com o então desconhecido governador de Alagoas, Fernando Collor de Melo. Ele era apresentado ao País como o "caçador de marajás", assim chamados os funcionários públicos alagoanos detentores dos salários mais altos. Na mesma época, o Globo Repórter dedicava uma edição inteira ao mesmo tema. Começava então uma campanha eleitoral que teria seu ponto alto na edição caprichada do debate Collor-Lula, apresentada no Jornal Nacional, na véspera da eleição. A ordem do dono da empresa era taxativa: mostrar todas as intervenções positivas do seu candidato e tudo de ruim que ocorreu com o adversário. A edição competente virou o jogo. Eleito, Collor caiu logo em desgraça nos altos escalões do Jardim Botânico. Até novela foi feita para derrubá-lo e nunca protestos de rua, como o dos "caras-pintadas", foram tão bem vistos pela emissora.

Já ouço alguém dizendo: "lá vem ele com as teorias conspiratórias de sempre". Não respondo. Prefiro passar a palavra a dona Lily Marinho, viúva do dono das Globos, ditas no lançamento do livro Roberto e Lily, em 2005 e revelada na coluna de Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo : "O Roberto colocou ele (Fernando Collor de Mello, na Presidência) e depois tirou. Durou pouco. Ele se enganou". Nada mais a acrescentar.

Só resta perguntar: e depois? Como se comportou o jornalismo da Globo, e particularmente o seu telejornal de maior audiência nas eleições seguintes?

Para os dois pleitos presidenciais mais recentes (2002 e 2006) está na praça um livro-documento: Telejornalismo e Poder nas Eleições Presidenciais (Summus Editorial, São Paulo, 2008), de Flora Neves, professora e pesquisadora da Universidade Estadual de Londrina. Trabalho meticuloso, combinando uma exaustiva coleta de material (a gravação de 199 edições do Jornal Nacional) com uma sofisticada análise dos dados. Cuidados que levam a resultados indiscutíveis, excludentes de qualquer tipo de "achismo". Mostram como o principal telejornal do país manipulou a cobertura daquelas duas eleições contrariando até muitos teóricos e críticos da comunicação que chegaram a comemorar a imparcialidade da Globo nessas coberturas, opinião claramente desmentida pela pesquisa.

Vamos a alguns dados publicados no livro. Em 2002, no segundo turno, 66.66% das matérias eram favoráveis a Serra e apenas 20,0% a Lula. A autora conclui que, nesse período, "a cobertura se manteve na agenda dos candidatos, procurando pontuar o mesmo número de falas de Lula e Serra, mas com momentos ruins de Lula e momentos bons de Serra", mantendo a linha editorial iniciada na edição do debate Lula-Collor, acima mencionado.

Mas naquele ano Lula não foi o único alvo do Jornal Nacional. A pesquisa mostra como o noticiário da Globo se esforçou para derrubar a candidatura Ciro Gomes que ameaçava ir para o segundo turno, tirando José Serra da disputa. "O candidato do PPS recebeu valências (valoração dada às matérias: positiva, negativa e neutra) negativas durante quase todo o período da cobertura, destacando-se como homem truculento, de pavio curto, que fala o que pensa e só sabe criticar, além de estar envolvido com políticos corruptos", diz a autora.

Em 2006, chama atenção o quadro de valências referente às edições do Jornal Nacional veiculadas entre o início no horário eleitoral obrigatório no rádio e na TV e o primeiro turno das eleições. Vejam os percentuais de matérias positivas relativas aos principais candidatos:

Alckmin 68,57%; Cristovam 52,94%; Heloisa Helena 61,76% e Lula 16,43%.

É preciso dizer mais alguma coisa? São números que explicam a ida de Alckmin para o segundo turno e nos quais se insere a cobertura do famoso dossiê anti-petista, explorado à larga pelo Jornal Nacional.

Episódio também tratado no livro. Apesar do empenho, a Globo perdeu as
duas eleições, mas mantêm-se fiel aos seus princípios. Mostra com grande antecedência que estará firme na próxima campanha presidencial, sempre do mesmo lado.

As gravações analisadas pela professora Flora Neves em 2002 e 2006
começaram a ser feitas no período que antecedeu as pré-convenções partidárias, já em pleno ano eleitoral. Diante do atual silêncio da Globo em relação à pesquisa CNT/Sensus recomendo aos interessados em analisar a cobertura das eleições de 2010 pelo Jornal Nacional, que comecem a trabalhar desde agora. Material, pelo visto, é que não vai faltar.


Laurindo Lalo Leal Filho*, sociólogo e jornalista, é professor de Jornalismo da ECA-USP e da Faculdade Cásper Líbero. É autor, entre outros, de “A TV sob controle – A resposta da sociedade ao poder da televisão” (Summus Editorial).

Fonte: http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=4147

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Grupo Littera - UNESC

Em 2009, as atividades do Littera ficaram nas seguintes datas:

18/02 - discussão da primeira parte do livro de Mikhail Bakhtin -
Marxismo e Filosofia da Linguagem.

04/03 - Richarles de Carvalho - Análise crítica do discurso
publicitário em propagandas de Livros Didáticos de Língua Inglesa.

18/03 - discussão da primeira parte do livro de Mikhail Bakhtin -
Marxismo e Filosofia da Linguagem.

01/04 - Cristina Keller - Fragmentos de uma identidade.

15/04 - discussão do livro de Mikhail Bakhtin - Marxismo e Filosofia
da Linguagem.

29/04 - Gladir Cabral - Identidade cultural brasileira na música de
Chico Buarque.

13/05 - discussão do livro de Mikhail Bakhtin - Marxismo e Filosofia
da Linguagem.

27/05 - Alaim Souza Neto - PCN do Ensino Médio e Orientações
Curriculares para o Ensino
Médio.

10/06 - discussão do livro de Mikhail Bakhtin - Marxismo e Filosofia
da Linguagem.

24/06 - Celdon Fritzen - Literatura Infantil no Estado Novo.

08/07 - Encerramento

Os encontros continuam sendo quinzenais, no entanto, as reuniões
passam a ser as quartas-feiras a partir das 15:00h no LAPEL.

Grupo Littera

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Baiano que é baiano

por Marcelo Torres*, jornalista, baiano, cronista e torcedor do Vitória
(alguns trechos deste texto são de autoria anônima, extraídos de mensagens recebidas pelo cronista).


Baiano que é baiano fala porra a cada dez palavras. Na Bahia, porra é tudo, menos a porra improperiamente dita Brasil afora, ops, Brasil adentro.
Como diz o 'embaixador' Renato Fechine (um paraibano que abaianou de vez), porra na Bahia é adjetivo, substantivo, interjeição, adjunto adnominal e advérbio de modo, de tempo, de lugar, de intensidade... da porra toda.
"O cara mora na casa da porra" = mora longe. Também pode-se dizer: "Ele mora na casa da desgraça", que é a mesma coisa, ou seja, mora longe pra caramba.
Baiano que é baiano aguenta comer pelo menos dois acarajés sem passar mal... Se você não sabe, acarajé é hambúrguer de baiano.

Baiano que é baiano chama as amigas de "ordinárias" e elas não se incomodam, não se sentem ofendidas - ao contrário, sabem que é um tratamento carinhoso.
Na Bahia, você olha para sua amiga (seja ela pretinha, branquela, loira ou morena) e a chama de "nigrinha" e ela acha o máximo.
Baiano não admite fulerage pu seu lado. Traduzindo: não gosta de cheiro mole. Oxente, não entendeu? Ah, você precisa se matricular num curso de baianês.
Pegar ou bater um rango e filar a bóia significam a mesma coisa, ou seja, almoçar, comer, matar quem tá te matando.
Baiano que é baiano não bebe. Come água. Fica em águas. "Ontem Fulano estava em água dura". Tradução: estava trêbado, pra lá de Maracangalha.

O baiano, quando chama um brother pra beber, fala: "Rumbora cumê água".
Todo baiano chama Graça de Gal, Wagner de Wal, Gilberto de Gil...
Para meus amigos, parentes e aderentes, eu não sou Marcelo. Sou Macelo (engolimos o "r"). Sérgio é Sejo, terça-feira é têça-fêra; bar é bá e cerveja é ceveja.
Baiano que é baiano engole a letra "d" do gerúndio: - Qué qui cê tá FAZENO? -Eu tô DURMINO... Caminhano e cantano e seguino o trio elétrico...
Numa roda de baianos e baianas, quando alguém chega após ter tomado banho, alguém sempre diz: "Ó pai, chegou toda tomada banho". Traduzindo: "Ela chegou limpinha, cheirosinha".
Baiano que é baiano sabe o significado da frase: "O cara tava mais enfeitado que jegue na Lavagem do Bonfim". Ou seja, usava excessivo número de adereços e enfeites.

Baiano sabe que brown [bráun] não é a forma carinhosa de chamar Carlinhos Brown, o omelete-man. Brown é adjetivo de pessoa brega-espalhafatosa-cafona.
O motorista que põe mil adesivos no carro, o cara cheio de colares de prata e pulseiras. "Que cara mais brown!"
Baiano que é baiano sabe o que é "lavar a jega". É se dar bem, levar vantagem, lavar a égua, lavar a burra.
Todo baiano sabe que jante não tem nada a ver com o verbo jantar. Na Bahia, jante significa aro de pneu. "Rodar na jante", no sentido denotativo baiano, é o carro rodar com o pneu vazio ou furado. Mas, na putaria, rodar na jante é transar sem camisinha.

Baiano que é baiano sabe o que é nestante. É "nesse" + "instante" = daqui a pouco.
Baiano fala pra semana (na próxima semana), parumês (no próximo mês) e paruano (no próximo ano). "Paruano sai milhó", diz o dono do bloco de
carnaval.
Só baiano sabe o que é falar "de hoje a oito". "Meu aniversário é de hoje a oito", ou seja, é daqui sete dias.
Baiano que é baiano fala horas de relógio. "Fiquei duas horas de relógio esperando aquele filadaputa". Em geral, fala-se "horas de relógio" quando se quer enfatizar atraso, demora.
Baiano é convidado para um aniversário e leva uma renca de amigos (renca = muitos, uma catrupia, muita gente).
Baiano fala na moral em vez de por favor... "Pega isso aí pra mim, na moral".
Baiano vive dizendo que Sergipe é o quintal da Bahia... E o sergipano adora a Bahia e os baianos.

O baiano de Salvador parece não querer ser nordestino e esculhamba o sotaque de sergipanos, alagoanos, pernambucanos, potiguares, paraibanos... (não deveria ser assim, mas é, infelizmente).
Baiano chama ônibus de humilhante e taxista de taquicêro.
Baiano acha legal quando dizem que ele é "retado"; "boca de zero nove" ou "um pinico cheio"... Ê baiano porreta!
O baiano, quando tá indo embora, não diz "tô indo"; ele diz "tô chegando".
Não vai embora, se pica. "Vou me picar" significa "vou cair fora".
Na Bahia, é comum você tratar um amigo, um colega ou um desconhecido de "pai". Se for mulher, "mãe". "Venha, pai". "Venha, mãe".
Também é comum tratar um desconhecido como "maluco", mas é uma forma carinhosa. "Vai, maluco".

Quando se diz "A reunião não teve um pé de pessoa", se quer dizer que a reunião não teve ninguém.
"Colé a de mermo?", pergunta um baiano ("qual é a boa?"). E o outro responde: "É niúma" (significa "tudo bem").
Baiano não usa o termo arretado, que é uma invenção dos outros. Baiano fala "retado".
Raul Seixas canta uma música que diz: "Não planto capim guiné pra boi abanar rabo/ Tô virado no diabo/ eu tô retado com você. Tá vendo tudo e fica aí parado/ Com cara de veado/ Que viu o caxinguelê".
"Tô retado" significa "tô zangado".
Mas retado também exerce a função de superlativo: "É bonito que é retado" [é muito bonito]. "O cara é retado de feio" [é muito feio].
Quando se diz "Ele é um cara retado", significa, "é boa praça".

A Bahia é o único estado que começa com B - de Brasil.
O mapa da Bahia é quase igual ao do Brasil, você já viu?
A Bahia tem a maior costa marítima do País, você sabia?
A Bahia faz divisa com oitos estados (do Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste).
Salvador é a terceira cidade mais populosa do país, você sabe? [Não, nem os soteropolitanos sabem disso.]
De acordo com um magérrimo satirista baiano, chamado Gordurinha, um baiano é uma coisa divertida; dois baianos, uma boa pedida; três baianos, uma conversa comprida; quatro baianos, um discurso na avenida. Ééééé.
Diz-se, também, o seguinte:
1 baiano = um escritor famoso
2 baianos = uma luta de capoeira
3 baianos = um grupo de axé
4 baianos = um terreiro de candomblé


domingo, 8 de fevereiro de 2009

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Quem é o maior?

No mundo em que vivemos existe, em todos os setores da vida, uma luta em buscar ser maior, mais importante. O filho mais velho quer atrair as mais atenções do que os filhos mais novos e vice-versa. Assim, nas empresas onde existe cargos e salários, a tendência natural é buscar ser maior. Então o desafio, hoje, está na pergunta: como encontrar lugar nesta sociedade competitiva? Como ser feliz naquilo que somos capazes de fazer? Como ser gente realizada sem perder a cabeça e entrar por becos sem saídas? Certamente os critérios para julgar e decidir não vem apenas da capacidade de produção. Não é aquilo que fazemos que nos realiza, e sim, o como e o porque fazemos.

Recordo aqui um dos mais valiosos conceitos de felicidade que o Mestre dos Mestres deixou no evangelho. “Houve ainda uma grande discussão entre eles sobre qual deles devia ser considerado o maior. Jesus porém, lhes disse: Os reis das nações dominam sobre elas, e os que exercem o poder se fazem chamar benfeitores. Entre vós, não deve ser assim. Pelo contrário, o maior entre vós seja como o mais novo, e o que manda, como quem está servindo. Afinal, quem é o maior: o que está à mesa ou o que está servindo? Não é aquele que esta à mesa? Eu, porém, estou no meio de vós como aquele que serve” (Lc 22,24-27).

No início de um novo ano, todas as empresas, organizações, instituições educativas, as prefeituras municipais com seus novos administradores, buscam adequar novos membros, sistematizar de forma mais adequada o seu quadro de funcionários. Enfim, tudo será programado para o melhor e mais produtivo. Assim, são levados em conta as capacidades, dons e talentos que são observáveis... Em meio a este vai e vem, uma preocupação natural é a pergunta: Quanto vou receber? Qual será o salário? Ninguém vive do vento, como também ninguém vive sem fazer nada. Porém, por mais que ganhe, por mais justo que seja o salário, nunca posso esquecer de que estou prestando um serviço à alguém.

No meu trabalho é um serviço que estou prestando para o bem do outro, que independe do que ganho como recompensa. Aquilo que faço, faço bem para beneficiar alguém que lá na frente vai desfrutar do meu trabalho. Na busca de realização pessoal, nunca deve faltar a consciência de que sou um servidor, cuja vida quero viver para o bem do outro naquilo que faço. Isso parece pouco, porém aquele “que é fiel no pouco também será fiel no muito”. “Quem é fiel nas pequenas coisas vai ser fiel também nas grandes”. Trabalhar somente por aquilo que ganhamos, por mais que possa ganhar, nunca será suficiente para preencher o porque existimos. Na medida que sou capaz de dar a vida pelo bem comum e fazer os outros felizes, encontro sentido e razão para viver. A vida e o meu trabalho não têm valor econômico, ninguém pode pagar o que ganhei de Deus.

Por isso somos feitos e existimos; para colocar em comum os talentos que ganhamos de graça. Não importa o cargo, a função, o lugar de honra que posso conquistar na vida. Não importa o que faço e sim o como e o porque faço. A pergunta fica gravada na mente e no coração: “Quem é o maior?” No fim da vida vamos levar muitas surpresas, veremos muitos últimos ocupando os primeiros lugares no Reino do Céu e muitos primeiros, quem sabe, sem nenhum lugar...

Dom Anuar Battisti, arcebispo de Maringá-PR

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Na Trilha do Grupo de Jovens: Como Vivenciar a Fé e a Mística no Grupo de Jovens?



A Rede Brasileira de Centros e Institutos de Juventude lançou mais uma edição da coleção Na Trilha do Grupo de Jovens, intitulada “Como Vivenciar a Fé e a Mística no Grupo de Jovens?”.

A publicação deseja ser um instrumento para que os grupos de jovens possam refletir sobre as dimensões da pessoa, com destaque especial à dimensão da Evangelização. Para tanto, oferece um caminho que possibilita a vivência do Processo de Educação na Fé, considerando a pessoa do/a jovem e suas relações.

Sua proposta é favorecer o amadurecimento da fé, traduzida na participação, no engajamento e no apoio às ações desenvolvidas em vista da transformação da realidade para outro mundo possível, com relações alimentadas pela mística cristã.

  • Os pedidos do livro podem ser feitos no CCJ: ccj-sp@uol.com.br ou (11) 2917-1425. Valor: R$ 4,50. (não inclusas despesas com transporte).
  • Maiores informações: CAJU: (62) 4009-0339 ou recepcao@casadajuventude.org.br.


Fonte: http://www.casadajuventude.org.br/index.php?option=content&task=view&id=2294&Itemid=0

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Moção aprovada no 9º ENPJ

Os jovens que participam do 9o Encontro Nacional da Pastoral da Juventude (ENPJ), em Natal aprovaram a “Moção de solidariedade aos profetas e mártires das causas do Reino”. Na moção, os jovens lembram os bispos do Norte, ameaçados de morte; as 300 crianças mortas, no ano passado, na Santa Casa de Misericórdia de Belém, os quatro anos de morte da Ir. Dorothy Stang. Além disso, prestam solidariedade a dom Cappio e a dom Pedro Casaldáliga. Ao mesmo tempo, eles denunciam a violência que ocorre na Amazônia. “A Amazônia vem sendo destruída e marcada por grandes projetos, violência e assassinatos, desmatamento e trabalho escravo. Nos últimos vinte anos, somente no estado do Pará, foram assassinadas mais de 800 lideranças em conflitos de terra, segundo dados da Comissão Pastoral da Terra”, afirmam os jovens.

Moção de solidariedade aos profetas e mártires das causas do Reino

Nós, jovens participantes do IX Encontro Nacional da Pastoral da Juventude, reunidos em Natal-RN, nos dias 11 a 18 de janeiro de 2009, expressamos nossa solidariedade aos religiosos ameaçados de morte do Regional Norte II, Dom E rwin Kraütler (bispo da Prelaxia do Xingu-PA), Dom Luiz Azcona (bispo da Prelazia de Marajó-PA) e Dom Flávio Giovenale (bispo da Diocese de Abaetetuba-PA), Frei Henri des Roziers (da Comissão Pastoral da Terra, Xinguara-PA) e Pe. José Amaro Lopes (Comissão Pastoral da Terra do Xingu, Anapu-PA). Esses religiosos enfrentam fortes ameaças por terem denunciado a violação dos direitos humanos na Amazônia, a exploração sexual de crianças e adolescentes, o tráfico humano, o narcotráfico, os grandes projetos (como o complexo hidroelétrico de Belo Monte, no Xingu, e a companhia Vale do Rio Doce), e os assassinatos decorrentes dos conflitos no campo e na cidade. Prestamos solidariedade, ainda, aos camponeses do Norte, que também são afetados diretamente pelo modelo político-econômico vigente em nosso país. A Amazônia vem sendo destruída e marcada por grandes projetos, violência e assassinatos, desmatamento e trabalho escravo. Nos últimos vinte anos, somente no estado do Pará, foram assassinadas mais de 800 lideranças em conflitos de terra, segundo dados da Comissão Pastoral da Terra. Denunciamos os crimes que a Vale, antiga Companhia Vale do Rio Doce, vem fazendo em terras paraenses, explorando de forma violenta e opressora nosso povo e nosso chão. A grande causa das ameaças contra os religiosos é, portanto, o fato de se colocarem contra o modelo de política econômica capitalista para a Amazônia, que não leva em consideração a vida dos povos Amazônidas e suas culturas. São projetos determ inados de cima para baixo, que dizimam culturas e povos.Queremos fazer memória às mais de 300 crianças mortas em 2008 na Santa Casa de Misericórdia, em Belém, devido à ausência covarde do Estado, que não leva em consideração a vida daqueles e daquelas que não têm voz nem vez. Manifestamos nossa solidariedade, ainda, aos mártires Amazônidas que, profeticamente, se tornaram um marco referencial para nossa caminhada e nossa luta, recordando, especialmente, os quatro anos do assassinato de Ir. Dorothy Stang, em Anapu-PA, a serem celebrados no próximo dia 12 de fevereiro. Igualmente, fazemos memória ao profetismo de Dom Luiz Cappio, bispo de Barra-BA, cujo testemunho de santidade e de incondicional amor aos pobres e sofredores o leva a uma infindável luta contra a transposição e morte do rio São Francisco, chegando, mesmo, a oferecer a própria a vida. Continua sendo uma referência para nós também o profetismo revolucionário de Dom Pedro Casaldáliga, nas águas do Araguaia. Inspirado no evangelho de Jesus Cristo e fiel à Igreja, ele sempre se contrapôs à política do capital, do agronegócio e da monocultura em nosso país. Animem-nos e fortaleçam-nos suas palavras: "Malditas sejam todas as cercas!Malditas todas as propriedades privadas que nos privam de viver e de amar!Malditas sejam todas as leis, amanhadas por umas poucas mãos, para ampararem cercas e bois e fazerem da terra escrava e escravos os homens!"(D. Pedro Casaldáliga)
Natal-RN, 17 de janeiro de 2009, 9o Encontro Nacional da Pastoral da Juventude