sexta-feira, 15 de agosto de 2008

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A noite vem cálida atormentar o poeta
Trazendo consigo a insolente madrugada;
A noite cálida traz as dores de poeta,
De quem quer fazer da vida finita – mais nada!

Lânguidos seus lábios clamam o imaginário
O ardente beijo a forma luzente
O carente sopro a luz passageira
A herança pobre de uma noite sem fim.

A noite traz assim
Como um sopro infinito ao clarim
O pesar de ter de saber
Que ele não consegue viver.

Os dias felizes o são
Inesgotáveis esperas ao horror
Memoráveis esferas de um falso pudor
Errantes fábulas sem fim.

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