quinta-feira, 30 de julho de 2009
O que o vento não levou...
O que o vento não levou...
No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas
que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha um dia o próprio vento...
(Mario Quintana)
quarta-feira, 29 de julho de 2009
uma estrofe...
"O dia mente a cor da noite
E o diamante a cor dos olhos
Os olhos mentem dia e noite a dor da gente".
terça-feira, 28 de julho de 2009
08
Não mais apenas minhas
Compartilhadas de carinho
Não mais sozinhas
Minhas lágrimas enchem meu peito
Não mais apenas minhas
Cheias de saudade se fazem
Não mais sozinhas
Meus dias que a ti entrego
Não mais apenas meus
Estão cheios de você e me fazem
Não mais sozinho
Minhas palavras perdem a razão de ser
Não mais somente minhas
Mas sim, nossas palavras que falam
Não mais sozinhas.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Como um presente
Mas no instante que se faz
Entre nós, entre tudo
Entre tudo o que nos faz...
Sonhar, com um futuro presente
Presente de quem futuramente sonha;
Mal consigo explicar o futuro
Que vem como presente...
No presente que levei para o futuro
Futuramente estarei
De volta com meu presente
Presente que me faz
Presente em você!!
domingo, 26 de julho de 2009
Domingo
Assim como ontem te encontrei
Num domingo, pensando
Longe, de repente.
De Repente, pensando
De longe, num domingo
Eu te encontrei:
-Foi ontem.
No domingo que te encontrei
Eu passei ontem,
Pensando...
Ontem, foi o dia que passei
Pensando num domingo
No domingo em que te encontrei.
sábado, 25 de julho de 2009
05
Capaz de conter toda a métrica
Réplica, tréplica e épica...
Tudo de uma só vez.
Não fosse a minha mocidade
Infantil, plena e incandescente
Não fosse o desprezo a forma
Espessa, mórbida, fétida.
Faria eu, um dia tal poema
Com todas as qualidades possíveis
Seria a descrição mais rara.
Seria assim...consegueria assim
Matar minha tara com ele - meu poema -
Meu apogeu premiado e inédito.
Não fosse o afago desmobilado
A fraca alma insonsa e vã
A humanidade que me fere...
Faria um dia um poema
Trágico e inesgotável
E não acabaria aqui, assim,
Feito uma alma que fracassa.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Disfarce (ou sétima canção)
Ontem, amanhã
o sol, a manhã
O dia, depois, agora
Desfez-se tudo
Sonhos, medos
Vultos, sussurros
Memórias, vitórias...
Desfez-se quimeras,
Paixões, sensações
Nada, de novo,
Emoções...multidões
Tudo
Desfez-se...
Nada mais restou
Nada mais deixou-me só...
A não ser mais nada
que aquele antigo nó
Nó que por nó se fez
Nada mais que pó.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Linda Menina (ou 06)
Porém é grande a saudade,
E meu peito que chora
Pela distância de você;
Eis, porém,
Que a distância me alegra
Por saber e sentir de verdade...
Que de verdade penso em alguém...
Que esse alguém é você!
terça-feira, 21 de julho de 2009
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Bons Amigos
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!
Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!
Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!
Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!
Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!
Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!
domingo, 19 de julho de 2009
Passatempo
Amanhã, domingo e hoje
Ontem, depois, mais tarde...
Passatempo...
Passa um, passa dois
Passa quatro, dois em dois
Dias que passam se vão
Mas não são dias em vão
Passe, tempo...
São, assim mais dias que passam
A chegar outros dias que chegarão
Com a grande razão de passar
E fazer outros dias para encontrar...
Você, novamente...seu sorriso
De repente...
Passa um, passa dois, passa três
Tudo de uma só vez
Tudo se envolve, num tempo
Que passa... passa
Num passatempo.
Só o tempo que não passa
É o tempo de dentro do meu peito
Meu amor, nosso amor
Que constrói o nosso tempo.
sábado, 18 de julho de 2009
03
Bendito o momento; pressentido, vivido
Parecia que tudo girava...de modo diferente
Momento único...tudo aquilo que senti.
Bendito foi o instante passado...
Manhã aquela que me fazia comovido
Tudo muito rápido, de repente...
Era de modo diferente, não entendi.
Bendita aquela data...
Passada, vivida, pressentida
Tudo parecia acontecer
Em tempos passados...
Como se o ontem batesse à porta
Feliz manhã, sentimento inerme;
Pensamentos e idéias tortas
No rosto e peito resplandeciam-me.
Bendito, bendita, benditos sejam
Todos os sentimentos...
Que afloram na brisa da manhã
E emudecem as incertezas vãs.
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Antes de te conhecer...
com apenas um olhar, uma pessoa entrar na
vida de outra de tal forma ...
Antes de te conhecer... não sabia que
um sorriso pudesse envolver tanto...
Antes de te conhecer... eu conseguia
dormir a noite toda...
Antes de te conhecer... eu não esperava
o dia passar tão depressa para a noite chegar...
Antes de te conhecer... não sabia que a
saudade pudesse ser boa...
Antes de te conhecer...eu controlava meus pensamentos...
Antes de te conhecer... eu ja te conhecia...
pois sabia que...antes de te conhecer eu iria te conhecer..
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Formando...
Faceado em farsas fascinantes;
Desfaz-se da forma febril forjada
Fazendo fáceis feições frisadas...
Em fórmulas feitas febrilmente
Fomentando figuras fissuradas;
Fá-la-ia se não ficasse desfeita
Figurar outras falas latentes...
Fortalecendo famas sedentas
Fortes fábulas sem fim...
Finais fantásticos facetados...
Que formavam figuras frívolas
Figurando favores fajutos
Fortemente finalizados, enfim.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
04
Aqui, nessa noite que se vai
Choro meus prantos todos
Meus remorsos, tudo o que a vida me levou...
Sem que eu jamais tenha conhecido.
Choro por meus dias tristes
Às noites em que sonhei algo melhor
Dignidade, respeito, ombro amigo.
Choro porque não tive teto,
Direitos, o mínimo para se viver.
Choro porque choro não move montanhas
Minhas lágrimas se fazem insignificantes.
Choro, por assim chorar
Pois sei que meus pesos
Nunca e jamais irão passar.
Eu já não tenho casa
Já não tenho lar
Não tenho quem me tenha dignidade
Quem olhe meu sôfrego olhar.
Choro por essa humanidade
Que se diz ainda humana
Choro, por meus pares, milhares
Que se matam por um pouco de lixo.
Nós mesmos já não somos nem isso
Nem lixo dessa “linda” sociedade
Somos o abismo, a barbárie, o esquisito.