sábado, 21 de agosto de 2010

Da poesia que não foi...



Meu íntimo é a rota torta e inversa
do meu próprio ser.
Não sabe como partir, sentir
ou mesmo desfazer.

Peito esconde-me de cada manhã
dos roucos medos de ser
E fazer cada vez mais do amanhã
novo parecer sem saber.

Tenho em mim todos os segredos
que posso não saber;
Saber, pois, dos sonhos, dos medos
Desfaz-me refazer

Dentro de meu peito
rasgo meus poemas um a um
Adormecendo na dor escura
no mais íntimo...

Dentro de mim
habita uma coletânea, memórias,
Que vão jogando-se no esquecimento
sem rumo, sem trajetória...

[até perderem-se sem perceber.].

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